Tradutor

Colocar no meu Blog!

quinta-feira, 7 de março de 2013

DISCALCULIA

Para muitos de nossos alunos aprender matemática é um sofrimento. Muitos deles não entendem o que aqueles números estão fazendo ao lado dos sinais gráficos e assim dificultam o seu cotidiano escolar; gerando aos nossos olhos desinteresse ou preguiça da parte deles.
A discalculia não é um transtorno causado por deficiência intelectual, déficits visuais ou auditivos, ou por má escolarização. Ela é considerada um distúrbio de aprendizagem que pode originar dificuldades na memória auditiva (memorização), no entendimento à situação-problema (interpretação), na percepção visual (troca os números 6 por 9, 3 por 8) ou quando o aluno apresentar disgrafia (dificuldade na escrita de letras e números).

Características da Discalculia:

  • dificuldade em visualizar conjunto de objetos dentro de um conjunto maior; 
  • dificuldade em conservar a quantidade (10 + 10 é igual 2 x 10) ou (R$ 5 + R$ 5 é igual R$ 10);
  • dificuldade de saber sucessor e antecessor;
  • dificuldade em classificar  números;
  • dificuldade em montar operações.
Dicas para o trabalho em sala de aula:
  • trabalhe com fichas de apoio numéricas e sequenciais;
  • associe números às quantidades corretas;
  • utilize material dourado para fazer equivalência / associação;
  • trabalhe com situações problemas do cotidiano do aluno:
 Exemplos: compra, venda troca; 
                   perdi, ganhei; 
                   deu, dei;
                   tenho, falta.
  • realize gráficos de barra para ilustrar quantidade x associações;
  • faça uso do caderno quadriculado por faciliatar a contagem termo a termo.

terça-feira, 5 de março de 2013

Inclusão: não basta matricular, tem que garantir

Até meados dos anos 80, os alunos de inclusão eram vistos como "empecilhos",  privados da convivência, com os demais. Muitos frequentavam  instituições exclusivas.
À medida que a sociedade descobria as diferentes possibilidades para estes alunos poderia ser ampliada também a preocupação com a aprendizagem.
Hoje, o direito à matrícula é garantido por lei. A Constituição de 1988 garante o direito de todos à escolarização e estabelece que o atendimento deve ser feito preferencialmente na rede regular de ensino.
Já a LDB 9394/96, no capítulo V, não só é garantido esse atendimento preferencialmente na rede regular de ensino mas quando necessário, com serviços de apoio especializado. Isto só foi formalizado com a criação da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, na qual define a obrigatoriedade a matrícula nas redes regulares, com atendimento educacional especializado no contra turno.
Como especialistas  em Direito Educacional devemos entender que o direito à educação compreende acessibilidade, permanência e apropriação dos conteúdos para participação social, o que exige investimentos em formação, infraestrutura e parceria com instituições especializadas.
Sabemos que o caminho à efetiva inclusão escolar é árduo, porém os movimentos sociais têm papel fundamental nesse processo assim como os conselhos  Municipais e Estaduais de Educação e as organizações de pessoas com deficiência que lutam pelos seus direitos também.
Devemos sobretudo cobrar do Governo Federal, como os Estaduais e Municipais, melhorias na infraestrutura e na formação acadêmica dos educadores.
Somente assim é que iremos assegurar currículos, métodos, recursos e organização para atender as necessidades de todos os alunos, garantindo-os uma aprendizagem significativa e entendendo que o aluno não é apenas um número e sim um ser em construção permanente.