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sexta-feira, 29 de julho de 2011

A escola educa, mas não muda o caráter das pessoas

Caro leitor, pensamos levá-lo à reflexão sobre algo de muito valor na educação das pessoas, a escola, mas a qual não tem o poder de mudar o caráter dos alunos.
Você como educador já se sentiu derrotado por não mudar o caráter de algum dos seus alunos? E pensou que todo o seu esforço e dedicação foram jogados ao lixo por não ver resultado positivo?
Embora façamos um trabalho direcionado a todos os alunos da sala, sempre tem aquele aluno que se comporta de forma diferente. É inteligente mas não aceita aquilo que não condiz com a sua forma de pensar. E você, que acredita no seu potencial como educador, faz de tudo ou ao menos tenta fazer algo que possa mudar o caráter desse aluno. Não conseguindo, se sente desmotivado e desacreditado na educação. Queremos lhe dizer que não podemos julgar nossas atitudes e resultados apenas por um educando; mas pela maioria. Existem pessoas que não são capazes de mudar, nem mesmo pela educação recebida, pois é uma questão de caráter. O importante é fazer a sua parte para que amanhã não seja cobrado pelo que deixou de fazer.
Escolhemos um filme que trata bem essa questão e nos leva a entender que nada nessa vida é perfeito. Mostra-nos que a escola é importante sim, mas para aqueles que querem aprender, ser diferentes, ter ousadias e acreditam em si mesmos. Porém sofremos influências de vários aspectos e vamos sendo moldados, pois como disse Paulo Freire:
Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na prática social que tomamos parte.” Conforme vamos crescendo, o ambiente que nos rodeia, nos passa informações que vão moldando nossa personalidade. A família desenvolve um papel fundamental nesse aperfeiçoamento, assim como a escola, os amigos e o trabalho. O filme mostra bem isso; a escola, não tem força para mudar sozinha o caráter do ser humano. Você compreenderá essa frase com as informações passadas nesse filme.
E algo importantíssimo: O final depende do começo. Assista ao filme e reflita sobre a sua prática educacional.
Sugestão de filme: “O Clube do Imperador”

Caráter Clube do Imperador

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Síndrome de Down

A origem da Síndrome de Down é de difícil identificação e engloba fatores genéticos e ambientais. As causas são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós-natais. Estima-se que a incidência da Síndrome de Down seja de 1 em cada 660 nascimentos, o que torna esta deficiência uma das mais comuns de nível genético.É uma alteração genética caracterizada pela presença do cromossomo 21, o que também é chamado de trissomia 21.
Além do déficit cognitivo e da dificuldade de comunicação, a pessoa com Síndrome de Down apresenta redução do tônus muscular, cientificamente chamada de hipotonia. Também são comuns problemas na coluna, na tireóide, nos olhos e no aparelho digestivo. Muitas vezes, a criança com essa deficiência nasce com anomalias cardíacas, solucionáveis com cirurgias.
Em relação à aprendizagem podem apresentar dificuldades em decompor tarefas, juntar habilidades e ideias, reter e transferir o que sabem e se adaptar a situações novas.
Como proceder com um aluno portador da Síndrome de Down?
  • Mantenha as atividades no nível das capacidades da criança, com desafios gradativos. Isso aumenta o sucesso na realização dos trabalhos.
  • Planeje pausas entre as atividades. Às vezes, o cansaço da criança faz com que as atividades pareçam missões impossíveis.
  • Valorize sempre o empenho e a produção. Quando se sente isolada do grupo e com pouca importância no trabalho e na rotina escolares, a criança adota atitudes reativas, como desinteresse, descumprimento de regras e provocações.
  • Estimule a partir do concreto necessitando de instruções visuais para consolidar o conhecimento. Uma maneira de incentivar a aprendizagem é o uso do brinquedo e de jogos educativos, tornando a atividade prazerosa e interessante. O ensino deve ser divertido e fazer parte da vida cotidiana, despertando assim o interesse pelo aprender.

Lembre-se: No processo de aprendizagem a criança com Síndrome de Down deve ser reconhecida como ela é, e não como gostaríamos que fosse. As diferenças devem ser vistas como ponto de partida e não de chegada na educação, para desenvolver estratégias e processos cognitivos adequados.
Você sabia...
Em 2006, a Associação Down Syndrome International instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional da Síndrome de Down.
Sugestão de filme: Síndrome de Down (O Oitavo Dia)
Quer saber mais?
Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD)
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

Sindrome de Down (O oitavo Dia)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hipóteses da Escrita

Uma das grandes dificuldades que educadores têm por inúmeras vezes é identificar a fase da escrita em que os alunos se encontram. Emília Ferrero e Ana Teberosky, no livro Psicogênese da Língua Escrita, por acreditarem que a criança busca a aprendizagem na medida em que constrói o raciocínio lógico, inicia o processo de construção da escrita. Veja como ocorre estas fases:

Nível 1: Hipótese Pré-Silábica
A criança:

  • não estabelece vinculo entre fala e escrita;
  • demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes;
  • usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
  • caracteriza uma palavra como letra inicial;

tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escreve.

Nível 2: Hipótese Silábica Sem Valor ou Intermediário I
A criança

  • começa a ter consciência de que existe alguma relação entre pronúncia e a escrita;
  • começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras;
  • conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.


Nível 3: Hipótese Silábica com Valor
A criança:

  • já supõe que a escrita representa a fala;
  • tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
  • já supõe que a menor unidade de língua seja a sílaba;
  • em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.


Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabética ou Intermediário II
A criança:

  • inicia a superação da hipótese silábica;
  • compreende que a escrita representa o som da fala;
  • passa a fazer uma leitura termo a termo (não global);

consegue combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo.

Nível 5: Hipótese Alfabética
A criança:
  • compreende que a escrita tem função social;
  • compreende o modo de construção do código da escrita;
  • omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
  • não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;
  • não é ortográfica e nem léxica.


A seguir sugestões de atividades pedagógicas a serem realizadas de acordo com cada fase de escrita.