Definição
Para Ajuriaguerra e Marcelli (1986) a psicose infantil é um transtorno de personalidade dependente do transtorno da organização do eu e da relação da criança com o meio ambiente.
Para Ajuriaguerra e Marcelli (1986) a psicose infantil é um transtorno de personalidade dependente do transtorno da organização do eu e da relação da criança com o meio ambiente.
As características do psicótico infantil são:
- dificuldade para se afastar da mãe;
- problemas para compreender o que vê;
- alterações significativas na forma ou conteúdo do discurso, repetindo de imediato palavras e/ou frases ouvidas (fala ecolálica), ou empregando-se de forma idiossincrática estereotipias verbais ou frases ouvidas anteriormente, sendo comum a inversão pronominal, referindo-se a ela mesma usando a terceira pessoa do singular ou o seu nome próprio;
- alterações significantes na produção da fala com relação ao volume, ritmo e modulação; habilidades especiais; conduta socialmente embaraçosa; e negação da transformação da alimentação líquida para sólida ou bulimia não diferenciada incorporando qualquer objeto pela boca.
- Apoio multidisciplinar, com farmacoterapia, educação familiar, intervenções no contexto social e familar e educação em saúde.
- Estudos sugerem que em adolescentes a intervenção precoce, com antipsicóticos áticos e suporte psicossocial podem melhorar muito os sintmas e adiar ou prevenir o avanço da doença para os quadros mais graves.
- É importante que seja feita uma boa investigação cínica para o reconhecimento dos estados prodrômicos para que haja benefícios da intervenção precoce.
- Crianças costumam responder pior aos antipsicóticos do que adolescentes e adultos.
- Educação familiar e intervenções na família são fundamentais para maximizar o nível de apio que a família pode oferecer ao paciente.
- Educação adequada à criança é fundamental, uma vez que há dificuldades no relacionamento interpessoal, déficits de atenção, e dificuldades acadêmicas.
- As crianças com psicose precisam ser inseridas o mais rápido possível num modelo "hospital-dia", que são instituições voltadas para atendimento em saúde mental.
Na
escola, a situação segue o mesmo caminho, uma vez que os alunos psicóticos
se isolam e não fazem amigos. Muitas vezes tornam-se agressivos e atacam os
colegas sem qualquer motivo aparente. Também não reagem afetivamente de acordo
com a situação, como quando lhes é entregue um brinquedo e não demonstram
sentimento algum, por exemplo. Froehner alerta para a maior atenção dos mestres
em sala de aula com as crianças. “Os professores devem estar atentos ao
comportamento dos alunos, pois qualquer traço estranho no quadro de
desenvolvimento da criança, como já dito, é sinal de que há algo errado”.
Dica de filme: "Entre o Real e o Imaginário"
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